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O Brasil acaba de garantir uma das maiores conquistas geopolíticas de sua história recente. Após anos de trabalho técnico, científico e diplomático, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu o direito exclusivo do país sobre uma área marítima de 360 mil km², localizada além das 200 milhas náuticas da costa do Amapá e do Pará. É uma extensão maior do que toda a Alemanha — agora oficialmente parte da nossa Amazônia Azul.
Mas essa vitória traz consigo uma nova responsabilidade: proteger o que foi conquistado.
O que é a Amazônia Azul?
A “Amazônia Azul” é como chamamos a imensa zona marítima brasileira — rica em biodiversidade, minerais, petróleo, gás natural e outros recursos estratégicos. Com esse novo território reconhecido pela ONU, ela fica ainda maior.
A comparação com a Amazônia terrestre não é à toa: ambas são fontes de riqueza, vida e soberania nacional. E ambas precisam de proteção constante.
O papel da Marinha e do Projeto Leplac
Essa conquista só foi possível graças ao trabalho da Marinha do Brasil, que liderou o Projeto Leplac (Levantamento da Plataforma Continental) desde 2007, em parceria com a Petrobras. O projeto envolveu:
• Expedições científicas no Atlântico Norte;
• Estudos geológicos e geofísicos de alto nível;
• Uso de tecnologias avançadas para mapeamento do fundo do mar;
• Integração de cientistas, militares e técnicos de diferentes áreas.
A Petrobras foi essencial, viabilizando recursos financeiros e apoio logístico. O resultado foi a elaboração de um dossiê técnico impecável, aceito pela Comissão de Limites da Plataforma Continental da ONU.
Mais território, mais responsabilidade
Com o reconhecimento da ONU, o Brasil agora tem direito exclusivo de explorar essa imensa área marítima — incluindo seus recursos minerais, energéticos e biológicos. No entanto, esse direito vem acompanhado de uma obrigação: garantir a presença e a segurança nesse território.
Isso significa patrulhar, monitorar, proteger contra crimes ambientais, pesca ilegal, exploração clandestina e até ameaças externas. E essa tarefa recai sobre os ombros da Marinha do Brasil.
O desafio da soberania: Marinha precisa de apoio político
A Marinha tem cumprido seu papel com dedicação e competência. Mas há um limite para fazer “muito com pouco”. Patrulhar uma área ainda maior exige:
• Mais navios de patrulha e de longo alcance;
• Sistemas de vigilância marítima de última geração;
• Submarinos operacionais e unidades de pronto-emprego;
• Investimento em treinamento e valorização dos militares.
É aí que entra o papel do Estado brasileiro: o poder político precisa assumir essa responsabilidade. A conquista da ONU não pode ser apenas uma manchete de comemoração — ela exige ação imediata, planejamento de longo prazo e investimento estratégico.
Soberania não se declara. Se impõe.
Ter o direito sobre esse novo território é apenas o primeiro passo. Para mantê-lo, é necessário estar presente. Ter meios para agir. Mostrar força e preparo.
A soberania não é garantida apenas por documentos ou decisões internacionais — ela é sustentada por presença ativa e poder dissuasório.
Um chamado à Nação
A vitória no Atlântico Norte mostra o quanto o Brasil é capaz quando une ciência, estratégia e diplomacia. Agora, cabe ao governo e à sociedade reconhecer que essa conquista só será plena se for acompanhada de investimentos reais na nossa Marinha.
Que essa vitória não seja apenas simbólica. Que seja um marco para a modernização urgente das Forças Armadas, em especial da força que guarda nosso litoral.
O Brasil provou que é grande. Agora precisa provar que está pronto para defender sua grandeza.
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O GOVERNO FEDERAL TEM AÍ UMA GRANDE RESPONSABILIDADE, DESTA FORMA EVITAREMOS PERDAS.