NPa “Pampeiro” apreende empurrador com 588 bois no Amazonas

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Em mais uma ação de presença e fiscalização nas águas da Amazônia, o Navio-Patrulha “Pampeiro” apreendeu o empurrador “Aliança Brasil”, que navegava sem condutor habilitado e transportava 588 bois sem documentação fiscal. A abordagem ocorreu nas proximidades de Prainha-PA e contou com o apoio da Secretaria de Estado da Fazenda do Pará (SEFA), reforçando a importância da cooperação interagências na defesa da legalidade nos rios brasileiros.

Ação naval e fiscalização embarcada no rio Amazonas

O Navio-Patrulha (NPa) “Pampeiro”, subordinado ao Comando do 4º Distrito Naval, realizava patrulha de rotina no rio Amazonas quando identificou o empurrador “Aliança Brasil” em situação suspeita. A embarcação, que transportava uma significativa carga viva — 588 bois —, foi abordada próximo ao município de Prainha, no Pará.

Durante a inspeção, os militares constataram que não havia condutor habilitado à frente da embarcação, o que por si só já representa grave infração às normas de segurança da navegação. Além disso, a tripulação não apresentou qualquer documentação fiscal da carga transportada, configurando possível crime tributário.

A abordagem seguiu os protocolos da Marinha do Brasil, priorizando a segurança da tripulação e dos animais, ao mesmo tempo em que coletava as evidências necessárias para a notificação dos órgãos civis responsáveis. A operação teve como resultado a apreensão da carga e a imobilização do empurrador, reforçando o papel das patrulhas navais no combate a irregularidades na região.

Cooperação interagências e combate à ilegalidade fluvial

Imediatamente após a constatação das infrações, o NPa “Pampeiro” acionou a Secretaria de Estado da Fazenda do Pará (SEFA), que enviou agentes fiscais para acompanhar a operação. Em campo, a SEFA emitiu o Termo de Apreensão e Depósito da carga e aplicou multa no valor de R$ 8.522,08 ao responsável pela embarcação.

A atuação conjunta entre Marinha e SEFA ilustra um modelo eficaz de cooperação interagências, fundamental para enfrentar crimes ambientais, tributários e operacionais que afetam as rotas fluviais da Amazônia. Ao trabalhar lado a lado, essas instituições ampliam o alcance da lei, especialmente em áreas remotas onde a presença do Estado é estratégica.

Além do aspecto repressivo, a operação cumpre um papel educativo e dissuasório, alertando proprietários de embarcações e operadores logísticos para a importância do cumprimento das normas fiscais e marítimas. A fiscalização fluvial não apenas protege a navegação, mas também a economia local e o meio ambiente.

Segurança marítima e o papel do 4º Distrito Naval

O Comando do 4º Distrito Naval, com sede em Belém-PA, tem sob sua jurisdição uma das maiores áreas fluviais do Brasil, cobrindo estados como Pará, Amapá, Maranhão e partes do Tocantins. Em um território onde rios são vias essenciais de transporte, a presença da Marinha é vital para garantir a ordem, a segurança da navegação e a soberania nacional.

O NPa “Pampeiro” é uma das unidades que atuam regularmente em patrulhas e inspeções navais, com foco em coibir ilícitos como tráfico, contrabando, transporte ilegal de carga e crimes ambientais. A abordagem ao “Aliança Brasil” é exemplo do compromisso da Marinha com a segurança das águas interiores.

Além da fiscalização, essas ações reafirmam o Estado brasileiro em áreas onde a presença do poder público é limitada. Com operações de baixa visibilidade, mas de grande impacto estratégico, a Marinha do Brasil garante a integridade das rotas logísticas fluviais, essenciais para o abastecimento, o comércio e a mobilidade das populações ribeirinhas.

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Apoio

Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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