Marinha do Brasil reforça presença no Golfo da Guiné com a GUINEX V

Foto: Marinha do Brasil
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O Golfo da Guiné, zona de convergência de rotas comerciais e de instabilidade marítima, será o cenário da GUINEX V, operação conduzida pela Marinha do Brasil com foco em cooperação internacional, treinamento e segurança naval. A presença da Fragata “Defensora” simboliza o empenho brasileiro em proteger interesses nacionais além do Atlântico Sul.

Capacidades operacionais da Fragata “Defensora” e dos exercícios navais

Brasão com figura de mulher guerreira, escrito 'DEFENSORA'.

Entre os dias 18 de abril e 14 de julho, a Fragata “Defensora” representará o Brasil em duas iniciativas interligadas: a Obangame Express 2025 e a GUINEX V. A embarcação, equipada com sistemas modernos de navegação, comunicações e defesa, participará de exercícios combinados em alto-mar e em portos de nações parceiras. As manobras incluirão operações de abordagem e inspeção, manobras de embarcações rápidas, simulações de ameaças assimétricas e técnicas de operações especiais.

A operação visa elevar a interoperabilidade com marinhas africanas e promover a padronização de protocolos para ações de segurança marítima. Países como Cabo Verde, Camarões, Gana, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Costa do Marfim e Senegal participarão das atividades, reforçando uma rede cooperativa para enfrentar desafios comuns, como pirataria, tráfico de drogas, armas e seres humanos.

A diplomacia naval brasileira e os laços com países africanos

A atuação da Marinha do Brasil no Golfo da Guiné transcende o aspecto militar. Trata-se também de uma expressão clara da diplomacia de defesa, fortalecendo os laços do Brasil com nações do litoral atlântico africano. O envio da Fragata “Defensora” leva, além da presença dissuasória, treinamento técnico, apoio logístico e intercâmbio de conhecimento, com foco na construção de capacidades locais.

Essa aproximação é parte da estratégia de inserção internacional brasileira por meio da cooperação sul-sul, em que o Brasil atua como parceiro confiável e respeitoso da soberania dos países africanos. As missões navais desse tipo funcionam como instrumento de confiança mútua, promovendo estabilidade regional e prevenindo conflitos.

O Golfo da Guiné e sua importância estratégica para o Brasil

Situado na costa ocidental africana, o Golfo da Guiné é uma das regiões mais sensíveis do mundo em termos de segurança marítima. Por ele passam rotas comerciais essenciais, inclusive aquelas ligadas ao Atlântico Sul — área de interesse direto do Brasil, tanto por razões econômicas quanto de segurança energética e ambiental. A região também abriga grandes reservas de petróleo e gás, além de ser corredor de tráfico ilegal.

Nesse contexto, a presença da Marinha do Brasil atua como instrumento de projeção de poder e de proteção dos interesses nacionais. A GUINEX V insere-se em uma linha contínua de missões que demonstram o compromisso brasileiro com a estabilidade atlântica, a segurança marítima e a construção de um ambiente internacional mais cooperativo. A atuação firme e colaborativa da MB reafirma a relevância geoestratégica do Brasil no eixo Atlântico Sul–África Ocidental.

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Apoio

Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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