Fuzileiros do 2ºBtlOpRib passam por adaptação tática na Amazônia

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No coração da Amazônia Oriental, no município de Terra Alta (PA), os novos fuzileiros do 2º Batalhão de Operações Ribeirinhas (2ºBtlOpRib) iniciaram o “Quartelex”, estágio de adaptação tática destinado a integrá-los ao batalhão. Entre os dias 11 e 14 de março, 30 soldados recém-formados no Curso de Formação de Soldados Fuzileiros Navais (C-FSD-FN) de 2024 enfrentaram exercícios intensivos em meio à selva e áreas ribeirinhas, preparando-se para os desafios da região.

A instrução ocorreu na área do Centro de Treinamento Coronel Morais, situado na Fazenda Paricuiã, e teve como objetivo não apenas a qualificação técnica, mas também a construção de uma identidade operacional voltada à defesa e soberania da Amazônia.

Treinamento técnico e adaptação ao combate ribeirinho

O Quartelex foi planejado para desenvolver, de forma integrada, as competências essenciais de um combatente de operações ribeirinhas. As atividades incluíram orientação e navegação terrestre, técnicas de ações imediatas em área de selva, patrulha ribeirinha, natação utilitária e uma desafiadora marcha operacional de 16 km.

Realizado em um ambiente que simula com fidelidade os cenários amazônicos, o estágio proporcionou aos novos soldados uma experiência realista, exigindo resistência física, controle emocional e domínio de técnicas fundamentais para a atuação na região. Cada módulo foi desenhado para assegurar que o fuzileiro esteja apto a operar com eficiência em missões de segurança, apoio logístico e proteção territorial.

Espírito de corpo e construção da identidade militar

Além da qualificação técnica, o Quartelex representou uma poderosa experiência de integração para os soldados recém-incorporados. Vivenciando situações-limite em grupo, os militares fortaleceram os laços de camaradagem, a confiança mútua e a noção de que o sucesso das missões depende da coesão da tropa.

O estágio funciona também como um rito de passagem simbólico, em que os valores do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) — como disciplina, lealdade, honra e comprometimento com a missão — são transmitidos e vivenciados na prática. Essa vivência marca o início da trajetória dos novos combatentes, que passam a integrar uma das unidades mais estratégicas da Marinha do Brasil.

Defesa e soberania em território amazônico

A realização periódica do Quartelex é parte do planejamento estratégico do 2ºBtlOpRib para manter a prontidão operativa em um dos cenários mais desafiadores do Brasil. A formação contínua de soldados aptos a operar em ambientes fluviais e de selva é um diferencial essencial para garantir a presença do Estado brasileiro na Amazônia Oriental.

Em tempos de crescentes desafios ambientais, logísticos e geopolíticos, a atuação dos fuzileiros treinados no próprio bioma em que irão atuar se torna ainda mais relevante. O Capitão de Fragata (FN) David Teixeira Antunes, comandante do batalhão, destacou que o estágio assegura a assimilação ágil dos conhecimentos fundamentais para as missões, reafirmando o papel do batalhão na proteção do território nacional e na defesa da soberania brasileira.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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