Finep e Ministério da Defesa debatem fomento à inovação no setor estratégico

Foto: @finepinova
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Em um encontro estratégico realizado na quarta-feira, 11 de setembro, representantes da Finep e do Ministério da Defesa discutiram novas iniciativas para impulsionar a inovação no setor de defesa. A reunião, que contou com a presença de Elias Ramos, diretor de Inovação da Finep, e do Brigadeiro Heraldo, secretário de Produtos de Defesa, destacou a cooperação entre as duas instituições e o fomento ao desenvolvimento de empresas estratégicas.

Parceria entre Finep e Ministério da Defesa: histórico e novas frentes

A relação entre a Finep, principal agência brasileira de fomento à pesquisa e inovação, e o Ministério da Defesa não é recente. Ao longo dos anos, as duas instituições têm colaborado em diversas frentes para garantir que o Brasil mantenha sua soberania e desenvolva tecnologias de ponta no setor de defesa. Essa parceria tem sido fundamental para o crescimento de empresas estratégicas, permitindo que o Brasil desenvolva inovações tecnológicas que fortalecem a segurança nacional.

Durante o encontro de 11 de setembro, novas frentes de cooperação foram discutidas, incluindo a criação de incentivos voltados para a ampliação de projetos de inovação no setor de defesa. As autoridades presentes, como o assessor Ronaldo Carmona e o superintendente da Área de Transição Energética e Infraestrutura da Finep, Newton Hamatsu, exploraram como essas iniciativas podem integrar o setor de defesa a tecnologias emergentes e inovadoras, promovendo o desenvolvimento de capacidades que atendam às necessidades estratégicas do Brasil.

A cooperação reforça o papel essencial da Finep em financiar e apoiar empresas que desenvolvem produtos e soluções inovadoras para o setor de defesa, uma área sensível e estratégica para o país. A busca por inovações tecnológicas, que possam garantir a soberania nacional e ampliar as capacidades militares do Brasil, permanece uma prioridade tanto para a Finep quanto para o Ministério da Defesa.

O papel da Finep no fortalecimento de empresas estratégicas de defesa

A Finep tem desempenhado um papel central no fortalecimento das empresas estratégicas do setor de defesa, contribuindo diretamente para a modernização das Forças Armadas brasileiras. Através de programas de fomento e financiamento, a agência tem apoiado a criação de soluções tecnológicas de ponta que impulsionam a competitividade do Brasil no cenário internacional.

Projetos anteriores, como o Programa de Submarinos (PROSUB) e a Embraer Defesa e Segurança, contaram com o apoio da Finep para desenvolver tecnologias críticas e sofisticadas, garantindo que o Brasil se mantenha na vanguarda da inovação militar. Essa trajetória de sucesso reforça a relevância de continuar fortalecendo a cooperação entre a Finep e o Ministério da Defesa para atender às demandas de um setor em constante transformação.

A reunião recente entre os representantes das duas instituições serviu para identificar novas oportunidades de financiamento e apoio a empresas estratégicas, com o objetivo de criar uma base industrial de defesa ainda mais robusta. O fomento à inovação, quando alinhado às necessidades específicas da Defesa, permite que o Brasil desenvolva soluções tecnológicas autônomas e diminua sua dependência de equipamentos e tecnologias estrangeiras.

Além disso, os programas da Finep estimulam a formação de redes colaborativas entre instituições de pesquisa e empresas, promovendo a criação de tecnologias com dupla utilização — ou seja, que podem ser aplicadas tanto no setor de defesa quanto no setor civil, ampliando o impacto econômico e social das inovações.

Desafios e oportunidades na transição energética e infraestrutura para a defesa

Outro tema crucial abordado na reunião foi a transição energética e sua relação com o setor de defesa. A transição para fontes de energia mais sustentáveis é uma questão que está se tornando cada vez mais urgente no mundo inteiro, e o Brasil não é exceção. No entanto, quando o assunto é defesa, as demandas são ainda mais específicas, pois as Forças Armadas necessitam de soluções energéticas que garantam autonomia e segurança operacional, além de promoverem sustentabilidade.

Newton Hamatsu, superintendente da Área de Transição Energética e Infraestrutura da Finep, destacou que o futuro da defesa nacional depende diretamente de investimentos em novas infraestruturas tecnológicas e energéticas. As discussões sobre como integrar a inovação energética ao setor de defesa abriram novas perspectivas sobre os desafios e as oportunidades para os próximos anos. A busca por fontes de energia renováveis, como biocombustíveis e energia solar, é uma das metas de curto e médio prazo, visando reduzir a dependência do Brasil de fontes de energia convencionais e, ao mesmo tempo, fortalecer a capacidade de resposta militar em diferentes cenários.

A infraestrutura tecnológica também foi destacada como um ponto crucial para o desenvolvimento das capacidades de defesa. Novas tecnologias, como inteligência artificial, cibersegurança e automação, foram apontadas como áreas prioritárias para o Brasil se manter competitivo e garantir a soberania de suas operações militares. Integrar essas tecnologias às estruturas existentes e expandir sua aplicação nas Forças Armadas é um dos maiores desafios que o país enfrentará nos próximos anos.

A reunião com o Brigadeiro Heraldo, secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, evidenciou que, para o Brasil, o fortalecimento de sua infraestrutura de defesa passa inevitavelmente pela modernização tecnológica e pela incorporação de inovações em suas operações. As iniciativas discutidas durante o encontro lançam as bases para o desenvolvimento de soluções que garantam não apenas a segurança energética, mas também a infraestrutura necessária para o sucesso das operações de defesa no futuro.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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