Exército realiza capacitação internacional sobre geointeligência

Palestra militar em auditório com público atento.
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Em uma sala multilíngue e estratégica no coração de Brasília, representantes de dez países se reuniram para dominar técnicas que podem salvar vidas em zonas de conflito. A Escola de Inteligência Militar do Exército (EsIMEx) sediou, entre os dias 7 e 11 de abril, o Curso de Geointeligência para Operações de Paz (GPKI) — uma capacitação internacional promovida em parceria com a ONU, voltada à aplicação de geoprocessamento e análise de imagens em cenários de missão.

Geointeligência na prática: tecnologia a serviço da paz

Homens analisando mapa em computadores no escritório.

O Curso de Geointeligência para Operações de Paz (GPKI) é uma iniciativa da Academia de Inteligência de Operações de Paz da ONU (PKIA) e integra conteúdos essenciais ao trabalho em campo durante missões internacionais. Durante os cinco dias de aula, os participantes foram treinados em Sistemas de Informações Geográficas (SIG), análise de imagens de satélite, coleta de dados geoespaciais e geoprocessamento aplicado a zonas de conflito.

Essas ferramentas são indispensáveis para o planejamento e execução de ações em áreas de risco, como monitoramento de movimentações populacionais, mapeamento de áreas de instabilidade e análise de padrões territoriais. A capacitação proporcionou aos alunos — seis militares e quatro civis — o domínio técnico necessário para atuar com precisão e segurança em cenários de complexidade crescente.

Multinacional e multidisciplinar: um curso para o mundo

Grupo de militares e civis em frente ao prédio.

O GPKI reuniu representantes de dez países: Paquistão, Polônia, Reino Unido, Peru, Mongólia, Gana, Egito, Espanha e Brasil. A diversidade de nacionalidades e perfis — com a participação de civis e militares — refletiu o caráter híbrido e cooperativo das missões contemporâneas da ONU, que exigem flexibilidade, comunicação intercultural e trabalho conjunto.

Esse modelo de capacitação promoveu um rico intercâmbio de experiências e boas práticas entre profissionais com vivências em diferentes teatros de operações. Para o Exército Brasileiro, a iniciativa reforça a política de diplomacia militar, ao mesmo tempo em que projeta a imagem de um país comprometido com a paz e a cooperação internacional.

Brasil como referência em inteligência para missões de paz

Ao sediar o GPKI, a Escola de Inteligência Militar do Exército (EsIMEx) consolida-se como ponto de referência regional e internacional na formação em inteligência aplicada à Defesa. Localizada em Brasília, a escola é responsável por treinar quadros do Exército Brasileiro e de nações parceiras, e tem sido um pilar importante nas estratégias de inserção do Brasil em missões da ONU.

A parceria com a Academia da ONU e o reconhecimento do curso evidenciam o protagonismo crescente do Brasil no cenário global, especialmente no tocante à preparação de especialistas para ambientes complexos, vulneráveis e geoestrategicamente delicados. Ao unir conhecimento técnico com cooperação internacional, a EsIMEx reafirma o seu papel como formadora de agentes da paz.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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