Exército e UEA estreitam laços para inovação na Amazônia

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Entre satélites, simulações e projetos de cibersegurança, o Exército Brasileiro encontrou na Universidade do Estado do Amazonas um ambiente fértil para inovação estratégica. A visita do Comandante Militar da Amazônia, General Costa Neves, à Escola Superior de Tecnologia da UEA marca um passo decisivo para integrar inteligência militar e pesquisa científica em prol da defesa e do desenvolvimento da região.

Pesquisa e inovação tecnológica a serviço da defesa

Durante a visita institucional, realizada em Manaus, o General de Exército Costa Neves conheceu de perto os projetos e a infraestrutura tecnológica da Escola Superior de Tecnologia (EST/UEA), guiado pelo diretor da unidade, professor Jucimar Júnior. Foram apresentados laboratórios, plataformas de simulação e sistemas voltados ao desenvolvimento de soluções aplicáveis às realidades operacionais da Amazônia.

Entre os temas discutidos estiveram tecnologias voltadas à cibersegurança, ferramentas para simulação de cenários táticos por meio de jogos de guerra, além de soluções logísticas adaptadas ao ambiente amazônico, como sistemas de monitoramento ambiental e modelagem de resposta a eventos extremos, como enchentes e secas.

Essas inovações têm potencial para ampliar significativamente a capacidade operacional do Exército na região, otimizando o emprego de recursos, o planejamento de missões e a atuação em apoio a populações isoladas. A expertise acadêmica da UEA oferece uma base sólida para o desenvolvimento de tecnologias que dialogam com os desafios do terreno amazônico — um dos mais complexos do mundo.

A aproximação entre Exército e academia na Amazônia

A visita reforça o movimento de aproximação entre as Forças Armadas e instituições de ensino superior, com vistas a fortalecer uma base de conhecimento nacional voltada à defesa. A UEA, por meio da Escola Superior de Tecnologia, consolida-se como um polo de formação e inovação com vocação estratégica, especialmente relevante para as demandas da região Norte.

Nesse contexto, destaca-se a criação do Instituto de Pesquisas do Exército na Amazônia (IPEAM) — iniciativa voltada à produção de conhecimento científico e tecnológico com aplicação direta nas atividades militares e subsidiárias do Exército. O IPEAM surge como elo institucional entre a força terrestre, o setor acadêmico e o parque industrial da região.

A aproximação gera também impactos positivos na formação de recursos humanos, criando oportunidades para pesquisadores, estudantes e profissionais interessados em atuar em áreas como defesa cibernética, engenharia de sistemas, logística militar e monitoramento ambiental. É uma via de mão dupla: a universidade contribui com inovação, e o Exército, com demandas reais e suporte estratégico.

Estratégia nacional de defesa e a Amazônia como prioridade

A visita do General Costa Neves à UEA vai além de uma simples agenda institucional. Ela se insere em um contexto maior: o fortalecimento da estratégia nacional de defesa, que reconhece a Amazônia como uma fronteira geopolítica e tecnológica vital para o Brasil.

O Comando Militar da Amazônia (CMA) desempenha papel central na defesa da soberania nacional sobre uma área de dimensões continentais, com desafios únicos de mobilidade, infraestrutura, segurança ambiental e presença estatal. A cooperação com o meio acadêmico amplia a capacidade do Exército de responder a esses desafios de forma eficiente, tecnológica e sustentável.

A integração com universidades como a UEA também dialoga com os eixos da Política Nacional de Defesa, que incentiva a articulação entre Defesa, Ciência & Tecnologia e Base Industrial de Defesa. Nesse sentido, a Amazônia torna-se palco de uma nova fase na articulação entre conhecimento, poder militar e desenvolvimento nacional.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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