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Em meio à rotina intensa de treinamentos e operações, o BOPE do Rio de Janeiro recebeu um visitante inusitado: o SPOT, cão-robô desenvolvido pela Boston Dynamics. Projetado para atuar em ambientes de alto risco, como zonas com ameaça química ou explosivos, o robô chamou atenção da tropa. Quem não curtiu muito a visita foi a simpática mascote Pretinha, que se mostrou desconfiada com o “colega” mecânico.
Tecnologia de ponta para ambientes extremos
O SPOT não é apenas um robô curioso — é uma plataforma de mobilidade avançada projetada para operar em cenários de risco extremo. Equipado com câmeras 360°, sensores térmicos, radares e inteligência artificial, ele é capaz de identificar, mapear e relatar situações em ambientes CBRNE (químicos, biológicos, radiológicos, nucleares e explosivos) sem colocar vidas humanas em risco.
Sua capacidade de locomoção em terrenos irregulares, somada à possibilidade de carregar sensores específicos ou ferramentas, torna o SPOT ideal para reconhecimento tático, verificação de ambientes fechados e busca de ameaças em locais de difícil acesso. Essa tecnologia já é usada por forças policiais nos EUA e em países europeus — e sua chegada ao Brasil sinaliza um passo importante rumo à modernização das operações táticas.
No BOPE, a demonstração técnica mostrou como o robô pode ser usado em operações de contra-terrorismo, desativação de explosivos e contenção de ameaças invisíveis, preservando a integridade da tropa em situações de alto risco.
Quando o robô encontra a mascote

O momento mais comentado da visita do SPOT ao BOPE-RJ não foi apenas a demonstração de suas habilidades técnicas, mas o seu “encontro” com a mascote da unidade: a cachorrinha Pretinha. Acostumada com fuzis, explosões controladas e o ritmo de um batalhão de elite, ela não esperava cruzar com um “cão de metal” movido a algoritmos e sensores.
A reação da Pretinha — entre o susto e a curiosidade — arrancou risos da tropa e virou assunto entre os policiais. A cena descontraída rendeu fotos e vídeos que circularam nos bastidores do batalhão, mostrando como até nas unidades mais operacionais há espaço para o bom humor e o afeto.
Esse contraste entre o robô e a mascote revelou mais do que uma curiosidade: mostrou como a presença da tecnologia, mesmo nos ambientes mais rudes, exige adaptação cultural e emocional.
O avanço da robótica tática nas forças de segurança
A visita do SPOT ao BOPE faz parte de uma tendência crescente no mundo da segurança pública e defesa: a incorporação de robôs e sistemas autônomos em operações sensíveis. Países como Estados Unidos, China e Israel já utilizam robôs para reconhecimento, desarme de artefatos explosivos, vigilância e até apoio logístico em combate urbano.
No Brasil, o uso ainda é incipiente, mas unidades como o BOPE-RJ têm buscado atualizar seus meios diante de ameaças cada vez mais complexas, como o crime organizado com armamentos pesados e o risco de ações com agentes químicos ou biológicos.
A chegada do SPOT simboliza esse movimento. Robusto, inteligente e adaptável, o robô representa uma nova era em que homens e máquinas operam lado a lado para preservar vidas e garantir o sucesso das missões.
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