ABIN reúne especialistas no 1º Simpósio de Inteligência e Cibersegurança

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A crescente ameaça no espaço digital e os impactos da Inteligência Artificial na segurança do Estado foram o centro das discussões do 1º Simpósio de Inteligência e Segurança Cibernética, promovido pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), em sua sede, em Brasília, no dia 19 de março. O evento reuniu cerca de 280 representantes de 150 instituições públicas e privadas, em um esforço conjunto para fortalecer a cooperação interinstitucional na proteção da soberania digital e da sociedade brasileira.

Painéis e temas estratégicos debatidos no simpósio

Com o apoio do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações (Cepesc) e do Conselho Nacional do Ministério Público, o simpósio abordou temas centrais para o futuro da cibersegurança nacional. Foram apresentados painéis e palestras sobre ataques cibernéticos estatais e não estatais, os desafios geopolíticos no espaço digital e os impactos da inteligência artificial nas estratégias de proteção da informação.

O evento contou com discussões sobre a segurança cibernética do Estado brasileiro, a cooperação entre os setores público e privado, e os riscos associados à dependência de soluções estrangeiras na proteção digital das instituições nacionais. Os debates também focaram na importância do compartilhamento de dados e da atuação coordenada, especialmente frente ao crescimento de ameaças transnacionais.

Painéis como “Geopolítica e o Espaço Cibernético”, com a participação de representantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE), reforçaram o papel estratégico do Brasil na governança digital global e na defesa de seus ativos informacionais.

Participação de especialistas e instituições relevantes

Durante o simpósio, 17 especialistas compuseram os painéis e palestras ao longo do dia. O evento foi aberto por Juliano Ferreira, oficial de Inteligência do Cepesc, que destacou a necessidade de fortalecer os vínculos institucionais entre os setores público e privado. Rodrigo de Aquino, secretário-geral de Planejamento e Gestão da ABIN, reforçou que a segurança cibernética deve ser construída em parceria com a sociedade, para garantir a soberania digital do país.

A diretora da Escola de Inteligência (Esint), Anna Cruz, apresentou a publicação “Desafios de Inteligência 2025”, destacando os impactos da Inteligência Artificial e os novos vetores de ataque digital. O secretário de Transformação Digital do TCU, Wesley Vaz Silva, abordou a necessidade de equilibrar inovação e supervisão humana no uso de ferramentas automatizadas.

Também se destacou a participação do cofundador da empresa Senha Segura, Marcus Scharra, que alertou para a vulnerabilidade das instituições públicas protegidas por empresas estrangeiras, defendendo o fortalecimento da indústria nacional de cibersegurança.

Perspectivas da ABIN sobre o futuro da segurança cibernética

O simpósio representou um passo significativo no esforço da ABIN para aproximar a Inteligência da sociedade e construir um ecossistema de segurança digital mais robusto e colaborativo. A agência busca desenvolver mecanismos de resposta mais ágeis, com ênfase na cooperação técnico-operacional entre governo, academia e setor produtivo.

A publicação “Desafios de Inteligência 2025”, apresentada durante o evento, delineia os principais riscos futuros para o Brasil na área cibernética, destacando ameaças crescentes como ataques coordenados de origem estatal, manipulação de dados via IA e espionagem tecnológica.

A ABIN defende que o avanço tecnológico deve vir acompanhado de supervisão humana criteriosa, conforme enfatizou Wesley Vaz: “Quanto mais autônoma é uma ferramenta, de mais supervisão humana ela necessita”. A agência também destaca a importância da soberania digital, baseada na proteção de dados sensíveis por soluções desenvolvidas no próprio país.

O evento reforçou a posição da ABIN como articuladora estratégica do debate sobre inteligência cibernética no Brasil, consolidando a convicção de que a segurança digital é um ativo de defesa nacional e uma responsabilidade coletiva.

Com informações da ABIN

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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