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Treze jovens cadetes norte-americanos, vindos da Academia de West Point, caminharam com reverência pelos corredores do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial. Em cada passo, a memória dos brasileiros que lutaram pela liberdade ressoava forte. A visita, mais do que institucional, foi um gesto de respeito entre nações unidas por um passado comum de sacrifício e bravura.
Monumento Nacional: símbolo da memória e da educação militar
Erguido às margens da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial é um marco da memória brasileira. Criado para honrar os 465 militares da Força Expedicionária Brasileira (FEB) que perderam a vida no Teatro de Operações do Mediterrâneo, o local abriga, em seu Mausoléu, os restos mortais repatriados graças à ação determinada do Marechal João Baptista Mascarenhas de Moraes.
Na manhã do dia 20 de março de 2025, o espaço recebeu a visita de uma comitiva formada por 13 cadetes da United States Military Academy, de West Point. Acompanhados por seus instrutores, os jovens foram recebidos pelo Diretor do Monumento e guiados por áreas emblemáticas como o Hall Mascarenhas de Moraes, a Sala de Exposições do Espaço Cultural e o Mausoléu — onde realizaram uma breve homenagem silenciosa.
A visita foi também uma aula viva de história, simbolizando o papel educativo que o monumento desempenha não só para os brasileiros, mas também para militares estrangeiros que desejam conhecer a contribuição do Brasil na Segunda Guerra Mundial.
A Força Expedicionária Brasileira e seu legado internacional
A presença dos cadetes norte-americanos reforça o reconhecimento internacional da atuação da FEB na Segunda Guerra Mundial. Composta por mais de 25 mil homens e mulheres, a tropa brasileira foi integrada ao 5º Exército dos Estados Unidos e combateu na Itália, enfrentando duras batalhas como Monte Castello, Castelnuovo e Montese.
O Marechal Mascarenhas de Moraes, comandante da FEB, foi responsável não apenas pela liderança estratégica das operações, mas também por garantir que os combatentes caídos fossem trazidos de volta ao solo brasileiro — um gesto de honra que motivou a criação do Monumento Nacional.
Durante a visita, os cadetes aprenderam sobre os desafios enfrentados pelos pracinhas brasileiros e sobre a importância de preservar esse legado como parte da história compartilhada entre os Aliados. O gesto de visitar o memorial reforça o papel simbólico da FEB como elo entre o Brasil e os Estados Unidos em tempos de guerra e de paz.
Diplomacia militar e fortalecimento das relações Brasil-EUA
A presença da comitiva de West Point no Rio de Janeiro representa mais do que uma simples visita institucional. Trata-se de um exercício prático de diplomacia militar, onde o intercâmbio de experiências, valores e memórias fortalece os laços entre as forças armadas dos dois países.
A visita ao Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial evidencia o respeito mútuo entre Brasil e Estados Unidos e a valorização de suas trajetórias comuns. Esses encontros fazem parte de uma agenda mais ampla de cooperação bilateral em Defesa, que inclui intercâmbios acadêmicos, treinamentos conjuntos e participação em fóruns internacionais de segurança.
Ao visitar um local de tamanha carga simbólica, os cadetes norte-americanos vivenciaram, na prática, os valores de camaradagem, sacrifício e memória histórica — princípios fundamentais para a formação de oficiais comprometidos com a paz e a justiça internacional.
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