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O heroísmo dos combatentes brasileiros na Tomada de Monte Castelo foi reverenciado pelo 1º Grupo de Artilharia de Campanha de Selva (1º GAC Sl) em uma solenidade especial realizada no dia 20 de fevereiro, em Marabá (PA). A unidade, que participou diretamente do combate quando era o 1º Regimento de Obuses Auto-Rebocado, destacou a importância da vitória dos pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na luta contra o nazifascismo. O evento reuniu militares, autoridades e veteranos, celebrando a bravura dos soldados que enfrentaram condições extremas para garantir a conquista dos Aliados na Itália.
A importância da Tomada de Monte Castelo para a FEB
A Tomada de Monte Castelo, ocorrida em 21 de fevereiro de 1945, foi uma das batalhas mais emblemáticas da participação brasileira na Segunda Guerra Mundial. O objetivo era conquistar uma posição estratégica fortemente defendida pelos alemães, localizada em terreno elevado e de difícil acesso.
As tropas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) enfrentaram um inverno rigoroso, um terreno montanhoso e um inimigo bem fortificado, tornando o combate ainda mais desafiador. Diversas tentativas anteriores haviam sido frustradas, exigindo coragem, disciplina e perseverança dos pracinhas. A vitória, além de um feito tático significativo para os Aliados, consolidou a imagem do Brasil como uma força militar determinada e capacitada no teatro de operações europeu.
A participação do 1º GAC de Selva na Segunda Guerra Mundial
O atual 1º Grupo de Artilharia de Campanha de Selva (1º GAC Sl), também conhecido como Regimento Floriano, tem um histórico marcante na FEB. Durante a Segunda Guerra Mundial, a unidade era denominada 1º Regimento de Obuses Auto-Rebocado, e seu papel foi essencial no suporte de fogo de artilharia para as tropas brasileiras.
Além de Monte Castelo, a unidade também participou de outros combates decisivos, como:
- Montese – uma das últimas e mais intensas batalhas da FEB na Itália;
- Castelnuovo – reforçando a posição dos Aliados no avanço contra as forças do Eixo;
- La Sierra e Camaiore – consolidando o avanço da FEB no território italiano.
Atualmente, o 1º GAC de Selva é a única organização militar expedicionária da Amazônia, mantendo viva a tradição da FEB e sua contribuição para a história militar do Brasil.
A solenidade de comemoração e a preservação da memória histórica
A cerimônia realizada em 20 de fevereiro, no 1º GAC de Selva, reuniu militares, autoridades civis e veteranos, reforçando a importância da preservação da memória histórica. Entre os presentes, estavam o Coronel Leandro Basto Pereira, Chefe do Estado-Maior da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, além de comandantes de diversas organizações militares da guarnição de Marabá.
A unidade mantém um espaço histórico, onde estão preservados objetos autênticos da Segunda Guerra Mundial, como:
- Medalhas e condecorações concedidas aos pracinhas;
- Cantis, uniformes, bandeiras e equipamentos de campanha utilizados nas batalhas;
- Jornais históricos que noticiavam os acontecimentos da guerra.
O 1º GAC de Selva, a unidade mais antiga da Arma de Artilharia no Brasil, carrega consigo a herança de figuras ilustres como Marechal Floriano Peixoto e Marechal Cordeiro de Farias, ambos ligados à história da unidade. Desde 6 de julho de 2005, a organização está sediada em Marabá (PA), como parte da reestruturação do Exército Brasileiro.
A solenidade não apenas homenageou os combatentes do passado, mas também reafirmou o compromisso do Exército em manter viva a memória dos feitos heroicos da FEB, inspirando novas gerações de militares e cidadãos brasileiros.
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